Me sinto muito orgulhosa por ter chegado até aqui, fácil não foi e não tem sido!
O fato é que o vaginismo faz com que eu me sinta bipolar, um dia me sinto extremamente vitoriosa, no outro uma fracassada. E nesta semana, a sensação de fracasso tem me acompanhado.
Meu processo de cura deu uma estagnada. Estávamos indo muito bem até a fisio perceber que eu não consigo confiar no outro.
Tudo ocorre muito bem quando eu estou no controle da situação. Quando eu coloco a sonda, quando eu introduzo a prótese... mas infelizmente quando o controle não está comigo o vaginismo fala mais alto.
Entramos em um processo onde a fisio é quem tenta introduzir os objetos em mim, só tenta, entrar mesmo que é bom, não entra de maneira nenhuma, nem sentada, nem deitada ou de pé.
Só de imaginar que é ela quem vai introduzir me travo toda, pernas, glúteos e vagina.
Neste momento não consigo ser racional, não me lembro das técnicas de relaxamento e respiração.
Em casa não tem sido diferente, todas as vezes em que eu estou no controle da situação o pênis escorrega pra dentro como se eu nunca tivesse sido vagínica, caso contrário, sempre voltamos à estaca zero.
A psico tem tentado me ajudar com este problema, mas até agora não obtivemos progresso algum.
Enquanto isso eu e a fisio, este anjo na minha vida, estamos tentando, tentando, tentando...
A fisio diz que isso acontece com muitas meninas, mas o mais normal é que elas confiem mais no profissional do que nelas mesmas.
Sei que não deveria me sentir fracassada, afinal já conquistei tantas vitórias, mas eu não estava preparada para esta pausa no meu processo de cura.
Querida Melissa,
ResponderExcluirAndei meio sumida aqui dos comentários, mas acredite, acompanho o blog todos os dias, leio tudo: seus posts, comentários e tals, e estou muitíssimo feliz pelas suas conquistas. Quando eu recebi os dilatadores no início de Novembro/2013, estava toda prosa, muito confiante achando que tinha recebido junto com eles a chave da cura, quanta ingenuidade minha não é?! Pois bem, na primeira discussão que tive com o marido após ter iniciado os exercícios com os dilatadores, fiquei tão decepcionada, que parei geral, então vieram as festas de fim de ano, a correria do dia a dia, e deixei o tempo passar, até que agora em Janeiro/2014, estive a refletir justamente sobre esse sentimento de incompletude e fracasso que nos toma sempre, perguntei a mim mesma qual o sentido disso tudo, de tentar, de ler, de fazer exercícios tão dolorosos inicialmente, me perguntava, porque eu havia dado essa pausa, se eu estava tão decidida a rumar para minha cura, a qualquer custo. Foi então que me dei conta: Não estava fazendo nada por mim mesma, para me sentir satisfeita, pra ter prazer um dia, não! Era tudo por ele, e para eles, explico, quando comecei a procurar ajuda, foi porque desejamos muito ter um filho e as pessoas cobram isso, em nenhum momento procurei ajuda para sentir prazer somente, eu queria satisfazer os outros. Agora reiniciei os exercícios e passei a pensar mais na minha própria satisfação, não importa o que aconteça, eu desejo a cura, não por ele, mas porque eu também mereço e preciso sentir prazer! Não tem sido fácil, já venci até o ultimo dilatador, mas o do marido ainda não entra totalmente e sinto a mesma dificuldade que você mencionou nesse post, eu consigo suportar a dor, desde que eu esteja no controle, mas do contrário dói triplicado, é quase impossível para mim deixar ele conduzir as coisas, me sinto vulnerável, mesmo sabendo que nada ruim vai acontecer, ainda sinto muito medo de ele me machucar, não consigo me entregar. Mas, não vou desistir, 2014 é o ano da CURA.
Princesa, saudades de você, que bom tê-la por aqui novamente.
ExcluirNão há problemas em buscar a cura para fazer mais feliz a quem se ama, mas acredito que em primeiro lugar devemos buscar por nós mesmas, para sermos completas, para deixar de nos sentirmos tão inferiores às outras, inseguras...estímulos é o que não nos faltam.
Quanto à terapia e à fisioterapia, será que nãos seria a hora de contar com ajuda destes profissionais? Chega uma hora que a coisa não anda se não tivermos alguém que saiba como nos conduzir.
Hoje eu entende que só penetração não nos basta, vai muito além da disso, e parece que só os execícios com os dilatadores não nos fazem capaz de alcançar. Não estou dizendo que os exercícios não são válidos, mas é preciso tratar a nossa mente também, ela é a nossa maior barreira.
O conselho que a fisio me deu foi começar a deixar o marido introduzir o dedo, começar a fazer os execícios com a ajuda dele, tente deixá-lo introduzir os dilatadores.
Não desista, também sinto que ano que vem os nossos problemas serão outros (planejar o chá de fraldas por exemplo. rsrs...).
Abraços.
Oi Melissa,
ResponderExcluircomo você mesmo reconhece, já teve muitos avanços. O próprio fato de identificar melhor o problema (a confiança no outro) já é um grande passo, pois como você superaria completamente o vaginismo sem entender em que situações ele ainda acontece? Para mim não tem segredo: psicoterapia! Quando não conseguimos alguma coisa sozinhos devemos procurar ajuda especializada né? Os nossos maiores bloqueios estão na nossa cabeça...quem consegue superar o vaginismo apenas com os exercícios prova que a sua cabeça já evoluiu o suficiente. Mas em casos como o seu parece ser preciso investigar um pouco mais os seus bloqueios. Isso com certeza trará um autoconhecimento que poderá ser ainda mais importante do que a superação do que restou do seu vaginismo.
Abraços...
Oi Marcelo,
Excluirpois é, quando eu pensava que nada mais me seguraria, levei uma rasteira.
Mas a psico e eu já estamos trabalhando para que este problema seja resolvido.
Tenho certeza que a cura do vaginismo me tornará uma nova pessoa não simplesmente na área sexual.
Abraços.
É isso mesmo, flor, assim como a origem do vaginismo pode vir de vários setores de nossas vidas, a cura tende a atingir todos esses setores, modificando coisas que nem nós mesmas sabíamos.
ExcluirSe posso te sugerir algo é leveza. Acredito que nossos problemas só parecem leões porque os vemos assim, mas se visualizarmos gatinhos perceberemos que somos maiores e mais capazes do que imaginamos.
Como o Marcelo disse, você já sabe onde está a raiz do problema, portanto, grande passo do caminho já foi percorrido, use a força que teve para vencer o vaginismo e finalize de uma vez essa pequenez que tenta mandar em sua vida.
Boa sorte para nós! Beijos!
Oi, Thai, obrigada pelas palavras de sabedoria!
ExcluirAs vezes focamos tanto no problema que acabamos fazendo deles maiores do que eles realmente são, lendo seu comentário me dei conta disso. Quando olho pra trás e me lembro de tudo que já venci percebo o quanto superei, e não será este detalhe que me deterá.
E você, como está indo seu processo rumo à cura?
Conte comigo!
Abraços.
Olá, Melissa.
ExcluirVocê estava se curando em uma determinada área do vaginismo, agora você descobriu e está tratando essa outra área. Não é que você regrediu, é que agora você está tratando outra coisa! E sou assim como você também, me sinto melhor quando eu controlo, mas receio que isso tenha a ver com um defeitinho meu, de sempre controlar tudo, ou achar que as coisas só darão certo ou ficarão boas se eu as fazer! Enfim, vamos lutando pra superar isso não é? Conte comigo, e depois venha nos contar os progressos que você vai ter com relação ao ato de confiança. Beijos.
Oi Clarisse,
Excluiré isso mesmo, não vou desanimar, pois esta é só mais uma etapa a ser vencida.
Faz parte do perfil da vagínica ser controladora, e acredito que em outros bloqueios relacionados ao sexo também. Por isso temos tanta dificuldades em deixarmos este papel nas mãos do parceiro.
Falta pouco para alcançar a cura completa, em breve estarei compartilhando com vocês a grande vitória .
Abraços.
Melissa, vc já é uma vencedora, não será este detalhe que irá apagar tudo que já foi conquistado até aqui.
ResponderExcluirAcredito que esta é só mais um detalhe a ser vencido, assim como vc já venceu muitos outros.
Fracassada? Claro que não!!! Reveja o quanto já conquistou e se sentirá vitoriosa sempre. Beijão.
Love, você tem toda razão, comparado a tudo que foi vencido, o que falta é apenas um detalhe. Obrigada!
ExcluirA palavra "fracassada" foi mesmo muito forte, mas é que naquele momento era assim mesmo que eu estava me sentindo, hoje me sinto bem melhor.
A cura está próximo, eu sinto!!!
Abraços.