terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O Bem que a Terapia tem Feito





Sempre escrevo sobre o quanto a fisioterapia foi importante para que eu chegasse onde hoje estou, quem me acompanha sabe o quanto evoluí desde que comecei as sessões. Mas hoje quero falar sobre a psicoterapia e o quanto ela tem me feito bem.

Não sei o quanto a psicoterapia me ajudou a chegar até aqui, mas tenho convicções do quanto ela é de suma importância no daqui para frente. 
Durante as sessões e em minha reflexões diárias, tenho descoberto coisas sobre mim mesma que não imaginava ser possível, tenho tido lembranças que estavam completamente esquecidas. Tais fatos têm sido muito relevantes para que eu entenda a causa do meu vaginismo e possa deixá-lo de uma vez por todas.

Outra coisa é o quanto o vaginismo deixa resquícios emocionais, e eu descobri que tenho muitos, muitos mesmo, até mesmo aqueles que eu achava que não tinham nada a ver com o vaginismo.  A insegurança, o medo, o ciúme, a inconstância...

Após muitas evoluções e descobertas, minha relação com meu marido mudou da água para o vinho, não que a relação fosse ruim, mas no fundo existia um vazio dentro de nós, algo estranho que nunca se encaixava, uma distância emocional...
Ele se abriu, disse o quanto se sentia rejeitado mesmo sabendo que esta não era minha intenção. 
Não fazemos terapia de casal, mas as sessões têm sido de grande valia para nós dois.

Pois é, meninas, quem acompanha o blog desde o início sabe o quanto eu achava desnecessário e o tanto que relutei em relação à terapia, mas hoje vejo o quanto ela é importante.
O segredo é encontrar um bom profissional com o qual possamos nos identificar e confiar.
Quem tiver a oportunidade de fazer, faça. Assim como eu, não irão se arrepender! 
É preciso ter paciência, nas primeiras sessões parece que não iremos chegar a lugar a algum, mas para que as coisas comecem a andar é preciso pelo menos umas 5 sessões.

Sucesso para todas nós!

PS. Em relação ao sexo continuo na mesma, ainda não fui à ginecologista (falta de agenda minha e dela), ainda sinto certo incômodo (não é dor), mas já conseguimos penetração em todas as nossas relações, e penetração prazerosa em algumas delas.

11 comentários:

  1. Tbm sinto que entre mim meu marido há uma espécie de abismo. Ele sempre diz q não devo cobrar dele um relacionamento normal de amizade e companherismo pq nossa relação sexual não é normal e q devo me conformar q temos uma relação diferente dos outros. Sofro e choro muito com esta situação, as vezes penso que o fato dele não está ao meu lado faz com que eu não tenha forças p lutar.

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    1. Oi querida, quanta falta de compreensão da parte do seu marido. Tente conversar com ele, se abra, exponha suas dores, seus medos e permita que ele faça o mesmo. Talvez ele haja desta forma porque ainda não compreende de fato o problema, diga a ele que a seu apoio é de suma importância, mostre a ele os blogs que você tem acompanhado... se ainda assim não houver mudanças, lute por você, se cure por você. Tendemos a pensar mais no marido que em nós mesmas, mas devemos buscar a cura primeiramente por nós, para nos sentirmos mulheres completas.
      Busque ajuda psicológica, te ajudará bastante, só o fato de se abrir com alguém já muda tudo.
      Da minha parte, sinta-se abraçada e acolhida, conte comigo nesta batalha.
      Abraços.

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    2. Oi Melissa, obrigada pela atenção, chorei pela sensibilidade que senti em suas palavras, obrigada! Seguirei seus conselhos vou tentar conversar mais uma vez com ele sobre o assunto.
      Você está certa vou pensar em mim, buscarei a cura por mim, eu precisava muito "ouvir" isso de alguém que realmente entende e sente o que sinto.
      Muito grata mesmo por ter encontrado seu blog.
      Beijos.

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  2. Anônima,
    não sei se você se expressou mal, mas se for o que você escreveu vejo um problema grave no seu relacionamento, pois se ele realmente disse que não pode ser cobrado pela falta de amizade e de companheirismo, bem, é exatamente isso o que faz um relacionamento...então, nesse caso, que tipo de relação vocês estariam tendo? É o que me pergunto ao fazer a interpretação literal do que você escreveu. Será que vocês não estão presos ao hábito, ou a uma espécie de dependência emocional em que ele controla até mesmo o seu modo de pensar a definição de um relacionamento? Ele não está em uma posição muito cômoda para agir como quer, enquanto você se sente desamparada pelo descomprometimento afetivo dele? Parece que vocês precisam conversar sobre isso, e se a conversa não puder ser equilibrada (os dois falam e os dois ouvem), então melhor seria fazer terapia de casal.
    A minha esposa teve vaginismo por dez anos e isso só aumentou o nosso companheirismo, embora tenha aumentado o nosso distanciamento em alguns momentos, normalmente quando evitávamos o assunto.
    Enfim, o vaginismo não justifica que você não se sinta amada, ou melhor, que ele não a ame. Mesmo que ele não saiba lidar com o sentimento de rejeição (por causa do vaginismo, e não porque você quer rejeitá-lo), nada justifica que ele diga que a falta de sexo justifica qualquer atitude dele.
    Se for realmente esse o caso, antes só do que mal acompanhado. E o tratamento do vaginismo é um ótimo remédio para a baixa auto-estima.
    Abraços...

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    1. Nossa Marcelo, como é bom encontrar um homem que se abra sobre este assunto. Não me expressei mal é isso mesmo que você entendeu, ele acredita está em desvantagem por isso não precisa se esforçar.
      Suas palavras me fizeram refletir se esta relação ainda vale a pena. De tanto ele falar eu já estava me conformando e concordando com ele sobre o não ser possível ele ser um marido completo, já que eu não poderia ser completa também, entende?
      Assim como você e a Melissa sugeriram, vou procurar um psicólogo que me ajude a superar não somente o vaginismo mas também toda a bagagem negativa que ele me trouxe.
      Suas palavras realmente me fizeram refletir, muito obrigada, me senti realmente acolhida aqui.

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    2. Anônima,
      só pra complementar, quero deixar claro que eu não me coloco na posição de julgá-lo (até porque não o conheço...), mas acho inevitável motivá-la a refletir sobre o quanto o seu relacionamento vale a pena. Valer a pena não quer dizer estar sempre com um sorriso no rosto, ou seja lá o que alguém possa imaginar com base nas comédias românticas (razão pela qual a única comédia romântica de que eu gosto é “Separados pelo Casamento”). Ou seja, para ser justa você também precisa tomar cuidado para não responsabilizá-lo pela sua frustração por achar que, se ele a apoiasse, tudo seria diferente (o que é uma idealização, já que algumas coisas, e não todas, poderiam ser diferentes...).
      Eu tive um blog em que eu desabafava sobre as dificuldades que o vaginismo trazia para o meu relacionamento (entenda-se: dificuldades a mais, porque todas as relações têm problemas, e tendemos a atribuir mais peso ao vaginismo do que ele realmente tem). Uma das coisas que eu conclui foi que é ótimo se relacionar sexualmente mas que o principal de um relacionamento não é o sexo. Tudo fica melhor com conversa franca e mente aberta para o que o outro tem a dizer. E esse me parece ser o principal critério para avaliar se um relacionamento vale a pena: ou seja, exatamente o companheirismo e a amizade.
      A falta de sexo agravou as variações de humor que eu sempre tive, e em algumas fases me vi irritado sem motivo ou pelos motivos errados. Ou seja, eu também não fui compreensivo o tempo todo, mas isso não significa que eu deixasse de estar errado. Para estar certo é preciso falar e ouvir o outro. Acho que a filosofia de um relacionamento saudável é tentar compreender e tentar melhorar para ajudar o outro, mas se essa regra vale para os dois parceiros, então pode-se esperar do outro a mesma coisa, e não justificação para não melhorar, ainda mais com base em uma disfunção sexual involuntária! O absurdo do seu relato (que dificultou que eu me contivesse diante de um assunto delicado...) foi exatamente o fato de parecer que ele realmente diz tais coisas assumidamente, e aí me parece que se torna uma chantagem do tipo “quanto pior, melhor”, um cálculo individualista de não dar nada além do que seria exigível. E na sua resposta ao meu comentário você parece confirmar a minha impressão, ao dizer que de tanto ele falar você já estava se conformando e concordando com ele sobre não ser possível ele ser um marido completo, já que você não poderia ser completa também. Acho que essa ideia tem que ser conversada para que ele reflita sobre isso e mude o modo de se colocar. Porque uma coisa é agir emocionalmente de uma forma injustificada, e outra bem diferente é legitimar uma lógica de auto-justificação, o que realmente sabota a filosofia de cumplicidade que faz um relacionamento valer a pena.

      *(continua...)

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    3. * (...continuação)

      Dá pra entender que ele se sinta rejeitado (isso acontece, mesmo não sendo racional), apesar de o vaginismo ser involuntário, e que por ser homem ele tenha dificuldade para assumir as próprias responsabilidades, por ser um marido frustrado e carente que não apoia a esposa e não dá o carinho que poderia dar apesar da impossibilidade de penetração vaginal. O que não dá para entender e aceitar é que ele justifique tudo isso como se nada pudesse ser diferente, como se ele agisse exatamente como todo homem agiria nessa situação (por isso resumo a minha experiência). Isso é injusto, egoísta e pode chega a ser cínico dependendo da consciência que ele tenha de manipular o seu sentimento de culpa. Sentir rejeição ou culpa não significa que se esteja agindo da melhor forma com o outro. Porque em aceitar a manipulação você também aceita que ele seja o marido que é!
      Claro que estou falando sem sequer conhecê-los e cabe a você julgar os meus palpites, mas seja como for é sempre a nossa experiência pessoal que serve de referência para avaliar o mundo. No meu caso, eu atravessei muitas fases durante o vaginismo da minha esposa, mas nunca deixei de ser companheiro e muitas vezes a cobrei maior afeto exatamente para compensar a falta de sexo (ou de penetração, já que há outras brincadeiras sexuais que também são igualmente afetivas).
      Abraços...

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  3. Oi Melissa,
    que bom que a psicoterapia está ajudando! Que bom que você entrou um bom profissional! Que bom que isso está aproximando você e o seu marido! Que bom que você escreveu esse post!
    Tenho certeza de que essa experiência trará muito autoconhecimento. Eu, por exemplo, que não tenho vaginismo (!), já testemunhei os benefícios da psicoterapia para outros distúrbios emocionais (!), para outras áreas da vida, e também para o meu relacionamento.
    Abraços...

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    1. Oi Marcelo,
      agradeço a Deus todos os dias por ter colocado profissionais tão dedicados no meu caminho. Eu não achava possível encontrar um bom terapeuta logo de primeira, mas deu certo.
      O fato é que a terapia tem me beneficiado em todas as áreas da minha vida! A alegria não cabe dentro de mim.
      Agora minha saga é encontrar uma nova ginecologista, pois a minha me abandonou.
      Que bom que você apareceu por aqui :)
      Abraços, amigo.

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  4. Oiiiiii meninas! Estou surpresa com tudo que a terapia tem significado p mim, tem feito verdadeiro milagre. Ainda não consegui a cura, mas o fato de ter com quem falar, ser ouvida e não ser vista como um E.T já vale muito mesmo.
    Hoje posso dizer que a terapia é fundamental p alcançar a cura.

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    1. Olá, que bom que você tem alcançado êxitos com a terapia.
      Ela serve para isso mesmo, falar, ser ouvido, nos libertar de "fantasmas" que nós sabíamos que nos faziam tão mal.
      Espero que em breve a cura seja realidade na sua vida.
      Abraços.

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Obrigada pelo seu comentário!
Pode voltar que terá uma resposta minha, ok? :)