quinta-feira, 19 de março de 2015

Eu Venci - A História da Orquídea

Gente, mais um depoimento lindo e empolgante, vale a pena ler até o final. 
A Orquídea era uma daquelas leitoras que, na maioria das vezes, passava pelo blog quietinha e ia colocando em prática tudo que lhe parecia útil, por fim, alcançou seu objetivo, e hoje está curada.

Orquídea, obrigada por compartilhar sua história conosco. Obrigada pelo seu carinho, você é uma querida.

Melissa, Meninas, Olá! 

Eu estava devendo a algum tempo o meu depoimento. E é com grande alegria que faço isso e que a minha história possa te motivar, te encorajar a não desistir da cura, porque é possível! A história será um pouco longa, afinal foram um pouco mais de 6 anos...

Bem, atualmente eu tenho 30 anos de idade e 6 anos e meio de casada. Eu e o meu marido, nos casamos virgens por escolha própria. Sempre conversávamos que se não rolasse na primeira noite, tudo bem, porque afinal, o dia do casamento é bem cansativo e tals. Porém, na primeira noite, até começamos, mas devido ao cansaço, decidimos não tentar a penetração. Viajamos para a lua de mel e na segunda noite, tentamos a penetração e não conseguimos, achamos que era inexperiência em não saber direito como as coisas funcionavam. Não achei que houvesse algum problema, pois não estava nervosa, com medo ou qualquer coisa do tipo...eu o amava, lubrificava super bem e até cheguei a ter um orgasmo só com as preliminares. Voltamos da lua de mel sem conseguir consumar o casamento, mas achávamos que era questão de tempo... "Namorávamos"quase todos os dias, porém, a penetração não acontecia :( Apesar desejar o meu marido, lubrificar super bem, sensação era que havia uma "parede" entre as pernas que impedia o pênis de entrar... 

Quando completei 3 meses de casada, resolvi conversar com a minha mãe sobre o que estava acontecendo e ela orientou que eu procurasse uma ginecologista. Nesse meio tempo, em uma noite, durante as tentativas, senti que entrou um pouquinho pela primeira vez e depois vi um pouco de sangue no cobertor e achei que finalmente tinha finalmente conseguido e ficamos tão felizes! Fui na consulta, contei a toda a história e lá, a médica me disse que estava tudo normal e que o meu hímen continuava intacto, ou seja não tinha tido a penetração. Me disse que estava tudo bem (na época , preferia que ela dissesse que havia algo errado que pudesse ser resolvido) e disse que "eu tinha que tentar mais"... Mas como assim tentar mais, eu já estava tentando! Sai de lá me sentindo uma incapaz de fazer uma coisa tão simples que era perder a virgindade. Mas blz, era só continuar tentando... Passou-se um ano e nada, a lubrificação cada vez menor e o desejo pelo ato sexual também, pois apesar do enorme carinho amor e paciência do meu marido, tentar a penetração era cada vez mais doloroso fisicamente (pois antes não doía e agora sim) e psicologicamente... Era como se já iniciasse sabendo no que ia dar, que eu não ia conseguir novamente, daí comecei a querer não tentar e até a meu marido começou a ter efeitos como não conseguir sustentar a ereção por mais que alguns minutos (sim, o marido da mulher vagínica, acaba por sentir efeitos também). 
Logo após completar um ano, fui procurar outra ginecologista, pois não era possível que após um ano de casada, amando o meu marido, eu não conseguisse consumar o casamento... Contei mais uma vez a minha história e tive que ouvir da médica que isso estava acontecendo porque ambos eram virgens (e todo mundo não sai dessa condição primária?) e pasmem!, ela me orientou a dizer pro meu marido que ele procurasse uma prostituta pra deixar de ser virgem e que eu fizesse o mesmo, e após os dois terem uma experiência sexual, tentássemos novamente. Meninas, eu na hora não acreditei que estivesse escutando aquilo, mas eu estava. Sai de lá arrasada, magoada, impotente, incapaz... Contei para o meu marido chorei, chorei e ele me abraçou e disse que ela só podia estar maluca, que isso não iria acontecer e que iriamos conquistar isso juntos. Era só questão de tempo.

A cada ano, ao fazermos aniversário de casamento a angústia era maior, e eu só pedia a Deus que no próximo aniversário, pudéssemos comemorar com uma linda noite de amor. 

E chegamos a três anos... Nessa época, ficávamos até 3-4 meses sem tentar nada pelo medo de sofrer... Veio também o desespero de nunca poder ter filhos da forma natural... Então, em um dia de férias comecei a procurar os meus sintomas no Google. Eu não acreditava que aquilo era normal, que era falta de tentar e etc... Então encontrei o site "vaginismus" blogs que descreviam os sintomas como uma "parede impedindo a penetração" e eu disse "é isso que eu tenho!". E comecei a aprofundar as pesquisas e me identificar com os relatos nos blogs. Procurei uma psicologa nesse tempo e foi um ano e meio de tratamento, que me ajudaram a lidar com mts questões da vida, mas no meu caso não com o vaginismo. 

Arrumei coragem de procurar outra gineco, pois depois da ultima consulta, eu não havia procurado mais com medo do que poderia ouvir. Infelizmente, há muitos profissionais inexperientes nessa área e o pior sem humanidade. Mas também, sei que há bons profissionais. Contei mas uma vez a minha história pra medica. Como era difícil contar esse historia pra alguém... Em todos esses anos, apenas as nossas mães souberam e uma amiga mto chegada. Contei tb sobre o que havia pesquisado e a dra pediu para me examinar e perguntou se eu já havia feito preventivo com o bico de pato e eu falei que não e ela disse que iria tentar. E não é que, conseguiu! E disse que não era vaginismo pq conseguiu fazer o exame. Sai de lá esperançosa pois não tinha uma barreira na minha vagina. A médica passou uma transvaginal e o médico também conseguiu fazer o exame... Fui pra casa pensando, pronto!, acabou essa história e disse pro meu marido que iriamos conseguir... Só que não... Lá se foram outros meses e nada. Isso deixou o meu marido mal, pois pq eu conseguia fazer o exame, mas o meu corpo não impedia que ele me penetrasse... Apesar de amá-lo, desejá-lo... 

E chegamos a 4 anos de casados, comecei novamente as pesquisas e tomei conhecimento da fisioterapeuta -ginecológica em um blog e marquei uma consulta. Ela foi um amor de pessoa e disse já ter trabalhado com vagínicas e que na maioria das vezes o processo é psicológico, pois nos exames quem estava no comando eram os médicos e que na relação sexual era eu quem estava no comando. Ela disse que geralmente eram 10 seções em média para a cura e que me ensinaria a comandar o meu próprio corpo. Fiz o tratamento com as técnicas de relaxamento, respiração, exercícios de kegel e na quinta consulta já estava conseguindo penetrar uma prótese de pênis! Estava mto perto da cura, mas na época, mudei de chefia, pois antes ela era de outro estado e eu tinha um horário mais flexível para trabalhar e conseguia ir para as consultas no meio do expediente... E agora como explicar o porquê de precisar do tratamento. Com não quis mentir, tive que abandonar o tratamento... Mas consegui uma penetração parcial com meu marido e achei que era só continuar os exercícios,mas tive uma infecção ginecológica e tive que fazer tratamento, sem relação sexual. Após quase um mês fomos tentar de novo e nada! Todo a evolução tinha ido por água abaixo... Daí veio novamente o desânimo, o medo, paramos de tentar e etc.. Meninas, muitas vezes, nós boicotamos o nosso próprio tratamento. Hoje, consigo enxergar isso... Quantas vezes deixei pra lá por medo de encarar... 

Fiz cinco anos de casada e a vida seguindo. 

6 anos! Com seis anos, voltei a ler os blogs e as histórias de cura, e pensei por que comigo será diferente? E comecei a me esforçar pra mudar o meu modo de pensar. Amo o meu marido e sei que também me ama, pois do contrário não estaria mais comigo e comecei a colocar a fé em Deus em prática. Não como das outras vezes, pensando que Deus iria fazer um milagre (SIM! ELE faz milagres! Eu sou um milagre, mas isso é uma outra história...). Mas tem situações que temos que fazer o que nos cabe! Dessa vez não iria "cair do céu" porque EU tinha que me esforçar também... Quantas vezes nesses anos, eu com medo de enfrentar o problema eu deixei pra lá... Não foram seis anos de luta, foram seis anos de idas e vindas. Mas dessa vez, fui atrás da cura com unhas e dentes... Precisava fazer isso por mim, pelo meu marido e pelo nosso amor! E agradeço a Deus (porque sem Ele nada aconteceria), pela vida da Melissa e por achar esse blog. Foi a coragem que eu precisava naquele momento. Li sobre os dilatadores da Absollo, pois apesar de eu ter uma prótese, era do tamanho normal e eu não conseguia fazer nada com ele... E comprei, (embalagem discreta) e me pus a treinar, dilatador a dilatador, sempre usando em todas as vezes do menor até o tamanho que eu conseguia... Todos os dias... sempre primeiro pedindo a Deus que me ajudasse a vencer de uma vez por todas, depois com o exercícios de kegel ( relaxamento e contração muscular da vagina) e penetração com os dilatadores (ah.. utilizando um lubrificante a base de água) pois a minha lubrificação praticamente tinha se extinguido...Cerca de quinze dias depois, tentei com o meu marido (antes fiz todos os exercícios durante o banho para preparar a vagina) e consegui penetrar \o/ tudo! Não foi assim de uma vez como mágica, pedi pro marido ir tentando aos pouquinhos... tentou não foi, tentou de novo foi mais um pouquinho e assim até à penetração completa. Dessa vez era diferente, pela primeira vez eu senti que estava no controle dos movimentos do meu corpo! Ele só estava fazendo para o qual foi criado, foi mto bom, ficamos felizes pois foi uma evolução fantástica, porém, o meu marido não conseguiu a a ereção por mto tempo, lembra que falei que o vaginismo afeta também os maridos? Então, não houve ejaculação. Continuamos o processo de cura e conseguimos a penetração completa mais duas vezes, porém, também, sem ejaculação... E meu marido já triste e preocupado e querendo procurar um médico... Até cheguei a ler sobre ejaculação retardada, pois em todos esses anos, ele havia ejaculado apenas com polução noturna (não praticamos a masturbação). E eu disse a ele para esperarmos um pouco, afinal, foram anos difíceis e que poderia ter bloqueado de alguma forma, pois até então nessas tentativas satisfatórias as coisas estavam bem mecânicas (é meninas, isso mesmo, eram beijinhos, toques, tesão e etc, mas quando chegava a "hora H de penetrar", era peraí, coloca o lubrificante, abre a perna, segura os lábios vaginais para dar abertura, direciona o pênis, começa a penetrar...) Uma dica: coloque o lubrificante na própria vagina antes de começar a a namorar para não ter que parar depois de começar o momento de vocês... 

Então, teve um dia em que nossas mães viriam nos visitar, pois moramos em outro estado. O voo atrasou e estávamos aguardando em casa, daí, eu disse: "Poxa, podíamos namorar um pouco, pois elas vão passar alguns dias aqui em casa e vamos ficar tensos pra tentar alguma coisa e vai que faz barulho..." Nos primeiros dias, após conseguir a penetração, meninas, é normal, você ter medo de ficar alguns dias sem tentar e voltar tudo de novo... Começamos a namorar, detalhe, sempre era um ritual pra tentar... E nesse dia, tinham os acabado de chegar do trabalho, nem tínhamos tomado banho ainda... Tentamos, sem lubrificante, e não conseguimos penetrar, pois eu estava bem seca embaixo apesar de estar a fim, corri pro banheiro, passei o lubrificante e voltei, tentamos novamente, mas daí a ereção tinha ido embora... Levamos isso na boa e ficamos ali deitados, com carinho e de repente, voltamos a tentar novamente, assim sem cobranças, pela primeira vez, sem rituais , sem tentar uma posição mais fácil, (até o momento só tínhamos conseguido comigo por cima, apesar de eu não gostar muito, porém, para penetrar, como a mulher está no controle é mais fácil para as primeiras vezes) parece que os corpos foram se encaixando (ele por cima), a penetração aconteceu, foi havendo movimentação kkk até que ele ejaculou... Nossa, foi o momento mais lindo, ele e eu choramos ali abraçados, assim meio que sem acreditar, e finalmente depois de seis anos e dois meses, VENCEMOS o vaginismo!!! OBRIGADA, DEUS! 

Queridas, desculpe o longo relato, mas quis escrever todas as dificuldades com o máximo de detalhes possíveis (porque na verdade, dá um livro) pois talvez, você se identifique e quem sabe esse relato vai representar para vc o diagnóstico, uma luz no fim do túnel, uma esperança de que é possível! SIM, A CURA É POSSÍVEL! Por um longo tempo, eu não acreditei que seria e e tive muitos momentos de idas e vindas em relação a esperança. Agradeço a Deus pelo homem que ele colocou em minha vida pois o seu companheirismo foi fundamental. Lute pela cura, não deixe pra lá, o caminho não é fácil, mas possível. Amanhã, é o dia internacional da mulher e talvez você não se sinta uma mulher completa ainda, como eu não me sentia. Transforme esse sentimento em força para conquistar o que tanto deseja. A vida pós-vaginismo é fantástica.... Muitas descobertas. Ainda não consegui o orgasmo vaginal, mas sinto que estou cada vez mais perto, pois a cada dia vou me conhecendo melhor e ao meu marido. Um bjo, queridas! 

Orquídea 
07/03/2015

24 comentários:

  1. História Fantástica! E os detalhes são muito importantes mesmo, porque é neles que nos identificamos ainda mais. Muito feliz por você.

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    1. Princesa, estava sentindo sua falta aqui ;)
      E como anda sua evolução? Estamos na torcida por você.
      Beijos.

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  2. Eu simplesmente amo quando venho ao blog e vejo que tem novas histórias de cura. Parabéns Orquídea, tb acredito q os detalhes são os mais importantes.
    Melissa, obrigada por disponibilizar este espaço para contar as curas, meu objetivo é ter meu depô aqui.

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    1. Oi, Flor, bem-vinda ao blog, querida!
      Eu terei um enorme prazer de postá-lo aqui. Continue e em breve seu objetivo será alcançado :)
      Abraços.

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  3. Princesa e Flor, a cada história que eu lia aqui, mais me fortalecia para lutar contra o vaginismo. Esse espaço que a Melissa é muito importante!
    Persistam no tratamento. O grande dia da vitoria chegará pra vcs tb e poderemos nos alegrar em ver a história de vcs aqui. Deus as abençõe nessa jornada. Um bjo!

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  4. Orquidea, parabens pelo seu depoimento. Em varios momentos me identifiquei c a historia. Assim como vc, consegui a penetracao ha pouco tempo e foi uma grande Vitoria. Sou casada ha um ano e namorei 8anos meu marido. Durante este tempo, tive inumeras tentativas frustradas e chegava a acreditar que isso acontecia, pq tanto eu como meu marido n tinhamos tido outras experiencias sexuais. Durante meu tratamento, tive o auxilio de uma Pessoa muito querida, Dra. Debora Padua, ela é fisio e me fez acreditar na minha cura. Tive alta ha duas semanas e digo pra vcs, Meninas, n desistam...a cura é possivel e so dependent de nos. bjos e Fiume com Deus.

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    1. Parabéns pra você também! Não conheço a doutora Débora pessoalmente, mas conheci aqui muitas meninas que amaram o trabalho e a carisma dela.
      Felicidades nesta nova etapa.
      Abraços.

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  5. Olá, Anônima, parabéns pela conquista! Um bjo!

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  6. Obrigada, Meninas!!!!!!!Agora meu proximo objetivo é conseguir engravidar. Torçam por mim, por favor. Bjos e força pra todas.

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    1. Esse também é meu objetivo agora. Fico aqui na torcida por você. Meninas, torçam por mim também.
      Beijos.

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    2. Melissa, Anônima, estamos juntas nessa! :) Deus continue a nos abençoar para mais essa conquista! Bjs

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    3. Amém, eu creio em mais esta vitória.
      Pensamento positivo sempre ;)
      Beijos.

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  7. Torcida para todas nós:)bjos

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  8. Gente também estava com saudades, a pesar de sempre dar uma olhada aqui, nunca mais havia comentado. Bem eu consegui a penetração em Set/14 e também já estou tentando engravidar, aliás meninas há muitos anos queria ter engravidado, mas o vaginismo era impedimento. Passado o vaginismo quase 5 anos depois de casada, uma outra luta em minha vida! Como eu não conseguia a penetração por causa do vaginismo, só depois que consegui fiz a primeira e tão temida ultrason transvaginal e descobri que tenho ovários micropolicísticos. Isso no momento me impede de engravidar, mas Com certeza, não é nem de longe mais difícil do que quando eu não me achava capaz de permitir a penetração, princípio básico para gerar uma vida né meninas?! rs. Um grande abraço em todas vocês.

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    1. Princesa, há tratamento para SOP e conheço muitas meninas que engravidaram, viu! As coisas acontecem no tempo certo determinado por Deus. Um bjo! Deus te abencõe!

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    2. Princesa, que notícia boa, tô mega feliz pela sua cura. Parabéns, querida, vc foi uma das primeiras a acompanhar minha história aqui no blog e graças a Deus hoje o vaginismo faz parte do nosso passado. Quanto ao SOP eu também tenho, mas já estou tratando. Conheço muita gente que tinha e conseguiu engravidar, nós também iremos, eu creio.
      Boa sorte na nova etapa. Beijos.

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  9. Fé em Deus e positividade sempre! ; )

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  10. Querida Melissa, ainda vou escrever a minha história e te mandar, também quero vê-la aqui no seu blog. Esse espaço foi muito importante para mim. Bjos

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  11. Sempre fico empolgada lendo depoimentos de cura porque procuro dicas para me aproximar da minha. Ainda estou na luta, quase 3 anos de casamento, um relacionamento que varia entre morno e frio, muito carinho e respeito, mas pouquíssima vontade de lutar, confesso... E o que mais me dói é perceber que em quase 90% dos casos de cura os dilatadores foram um fator fundamental e eu ainda tenho muita dificuldade com os meus.
    Voltei para as consultas com minha psicóloga (paramos porque ela estava se mudando para um prédio que não estava pronto) e sinto mais esperança, mas é incrível perceber o quanto o vaginismo traz desânimo na vida da mulher e do parceiro.
    É triste admitir que ainda não estou curada sendo que conheço quase todos os passos para isto (e tento compartilhar tudo no Blog), é triste admitir que comigo as coisas são mais lentas do que com muitas mulheres e me sinto sozinha demais...
    Minha psicóloga vai me ajudar, me ensinar a ter mais compromisso com minha cura e pretendo me agarrar nisso com todas as minhas forças, estou cansada de colocar todos os outros problemas na frente do meu tratamento. Espero que um dia eu possa olhar para esta fase e sorrir, perceber que passou, mas a gente sabe o quanto dói ainda estar vivendo isso.
    Um grande beijo no seu coração, Orquídea. Obrigada por compartilhar sua história de forma tão corajosa. E um beijo imenso no seu, Melissa, por não desistir de nós, isso é muito importante pra mim!

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    1. Oi, Thai, conheço a sua dor e sei exatamente como se sente, é realmente frustrante, é penoso, doloroso... mas tente transformar tudo isso em força e coragem para vencer o vaginismo, neste momento dê prioridade a você, ao seu relacionamento. Gostaria que você soubesse que não está sozinha, conte comigo. Talvez você não saiba, mas seu blog me ajudou muito, foi lá que encontrei a Dra Áurea, a chave para a minha cura, e sou muito a grata a você. Quero poder retribuir de alguma forma.
      Estarei aqui, conte comigo.
      Abraços.

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    2. Thai, queria mesmo poder te dar um abraço apertado, pois sei como é se sentir assim, parece que a cura nunca vai chegar, mas posso te afirmar que esse dia vai chegar pra vc também! Comigo foram pouco mais de 6 anos e agora me lembro que conheci a Dra. Áurea através do seu blog também... (Obrigada!) que foi o pontapé inicial para a minha cura, porém após esse processo foram mais dois anos, porque muitas vezes realmente priorizei outras coisas... porque todo esse processo é cansativo... Mas não desista! Hoje vejo que não existe fórmula mágica para a cura, não é um tto especifico, por isso não desanime se ao seus olhos a sua progressão com os dilatadores é lenta. Peraista! Vejo que grande parte da cura está em como encarar emocionalmente e creio que a psi vai te ajudar mto nisso.
      Como a Melissa falou priorize o seu relacionamento com seu marido, fortaleça-o com amor. E conte também comigo, deixo o meu e-mail, se quiser conversar... orquidea1984@outlook.com.
      Você não esta só... Fique com Deus e que Ele te fortaleça em todo o percurso. Bjs.
      Orquidea.

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  12. Olá, Orquidea/Melissa

    De todos os depoimentos que li no dia de hoje (11/08/15) esse foi a descrição perfeita da minha vida... Nunca tinha ouvido falar sobre vaginismo, encontrei hoje, por acaso.
    Sou casada há 3 anos e nunca consegui consumar meu casamento, idealizei minha lua de mel, sonhei durante anos, me guardei para meu marido, ele se guardou para mim, escolhemos casar virgens, e quando eu achei que seria tudo lindo, nada aconteceu, me convenci de que doer era normal e que com o tempo e com várias tentativas iria conseguir. Só que aí vi os meses passarem, vi cada tentativa indo por água abaixo, vi que com o tempo passei a não tentar mais, porque já sabia o resultado, na verdade, eu ainda sei o resultado... estou desde de manhã lendo sobre o vaginismo e tendo uma pequena esperança de que posso conseguir.. Assim como a Orquidea, Deus me deu O marido, ele tem total certeza de que vamos conseguir, ele não me cobra nada, não me pressiona, não reclama, tudo o que ele faz é me amar...
    Mandei um e-mail para uma médica, especialista em vaginismo, vou marcar uma consulta para esse mês. Espero voltar aqui pra relatar minha cura!
    Nunca contei sobre isso pra ninguém, tenho tanta vergonha de não conseguir ter relações com meu marido, que nunca contei nem para minha mãe... Ninguém sabe... ou sabia, rs... agora vocês sabem e pela primeira vez não me senti sozinha no mundo, não me senti a unica mulher virgem e casada...
    Vi minhas amigas se casando, tendo filhos... meu sonho é ser mãe...
    Espero de coração conseguir a cura para o meu bloqueio... mas enquanto não inicio o tratamento, poder desabafar aqui já é libertador!!!
    Se você parou para ler esse comentário, obrigada!!!

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    1. Bom dia, querida!
      Você não está sozinha, estamos com você e acredito que esteja no caminho certo da cura, o caminho para a cura é não se acomodar, é correr atrás da vida sexual plena, prazerosa, sem dor.
      Caso a consulta demore, comece você mesma a dar os primeiros passos, faça o exercício do espelho, conheça sua vagina, seu corpo. Aqui mesmo no blog, tem um post chamado "exercícios com os dilatadores", mesmo que você não tenha os dilatadores, dê uma lida, tem várias coisas que já podem irem sendo feitas sem ele.
      Estarei aqui se precisar, Ok?!
      Estou na torcida para que dê tudo certo.
      Beijos.

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Obrigada pelo seu comentário!
Pode voltar que terá uma resposta minha, ok? :)